Soneto: Um herético déspota

Um meu amigo e porá repentista
Sem ideia, sem lógica, sem ter noção e luz
Diz que Bin Laden é igualmente a Jesus
No caráter, na moral, como esquerdista.

Soneto: Perseguidores do Povo Cristão

Foram os grande perseguidores dos cristãos
Nero, Diocleciano, Domiciano
Marco Aurélio, Trajano, Aureliano
Septimio Severo e Décio todos pagãos.

Valeriano, Cremus, eram anticristãos
Heliogábalo, Claudio e Flaviano
Caio matou a filha Calpúrnia, pai tirano
Homens truculentos no que se dizem cidadãos

Foi no governo de Tibério homem sem luz
Que Caifás e Anás que feros insensatos
Imolaram o nosso Salvador em uma cruz

No monte da caveira: que cruéis maltratos,
Caindo e se levantando a passo truz
Por ordem do juiz romano Poncio Pilatos.

(c) 2010. Ismael Freire

Soneto: Lágrima em pingos

É por ti qu’eu vivo me lastimando
Solitário em desprego cruciante
Ao perpassas do sol rubro cintilante
No acaso às seis horas mergulhando.

É hora triste da saudade apertando
E uma voz maviosa exuberante
Traz monótono queixume penetrante
Fere-me o coração findo chorando.

Que meiga fonte de carinho exemplar
Quem é que não chora? Que é que não clama?
Quem é que não fica triste a suspirar?

Quem é que não se lastima por quem ama?
E pensativo julga o verbo amar
E em pingos cada lágrima se derramar.

(c) 2010. Ismael Freire

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